Archivo ABC
ArchivoHemeroteca
ABC SEVILLA 12-11-1929 página 7
ABC SEVILLA 12-11-1929 página 7
Ir a detalle de periódico

ABC SEVILLA 12-11-1929 página 7

  • EdiciónABC, SEVILLA
  • Página7
Más información

Descripción

r A B C, M A R T E S is D E N O V I E M B R E D E 1929. E D I C I Ó N D E ANDALUCÍA. PAG. 7 ñpritas de a h o r a plantea o t r o p r o b l e m a m c i ¿i que l a P e d a g o g í a tiene u n poco descuidado, j A b u r r i r s e! P e r o si eso es t a n norm a l en el m u n d o c o m o e l r e s p i r a r E l tedio eá casi u n a función del espíritu. ¿C ó m o substraernos a sus consecuencias? Decía- l a duquesa de A n g u l e m a no l a actual, sino tina de sus ascendientes, que t o d a c r i a t u r a h u m a n a está o b l i g a d a a soportar u n a c a n t i dad r a z o n a b l e de a b u r r i m i e n t o E s c i e r t o E x i g i r que todas las horas del día nos p r o p o r c i o n e n u n a emoción g r a t a es no querer transigir con lo natural. H a y sin embargo, u n r e m e d i o a ese m a l el t r a b a j o E l que se i m p o n e deberes no tiene t i e m p o de a b u r r i r se. E l estudio, l a práctica del bien, s i se es r i c o los v i a j e s suscitan en el espíritu u n a sucesión d e imágenes y de ideas a g r a dables que a h u y e n t a n el f a s t i d i o L a sensual i d a d s i n f r e n o agota y deprava. U n a i n mensa l a x i t u d se a p o d e r a del o r g a n i s m o precipitándolo en el paraíso a r t i f i c i a l L a señorita de l a calle G u s t a v o F l a u bert habrá o r d e n a d o su e x i s t e n c i a s o b r e esas pautas de frenesí. T o d a s las noches, en c u a n t o salían sus padres, se i b a a u n dancing. Allí c o n o c i ó a u n a r t i s t a de cine, y este émulo de R o d o l f o V a l e n t i n o se enc a r g ó de c o m p l e t a r su educación p o r los métodos usuales e n ese g é n e r o d i aulas. P e r o como toda aventura, por apasionada q u t sea. tiene u n fin, l a de esa señorita h a tenido u n desenlace que h a puesto e n r i d i c u l o a sus padres. A l v o l v e r éstos 3 s u casa Ir: oí r a noche se e n c o n t r a r o n l a puerta abierta y todas las habitaciones i l u m i n a d a s como u n teatro en fiesta r e g i a L o s muebles a p a recían f o r z a d a s yi c o n t u r í d i d o s p o r l o s golpes. L a consternación de l o s padres subió de punto a l v e r a su h i j a m a n i a t a d a y a m o r d a zada, p o r el suelo. ¿Q u é es esto? ¿Q u é h a p a s a d o? -l a p r e g u n t a r o n l u e g o de r o m p e r sus l i g a d u r a s E n t o n c e s el á n g e l fingiendo s a l i r de u n a pesadilla, h a b l ó E i piso había sido asaltado p o r u n l a drón, que l a r e d u j o a l a i n m o v i l i d a d y se llevó las j o y a s de l a f a m i l i a Se llamó a l c o m i s a r i o de P o l i c í a d e l d i s t r i t o y este d i g n o m a n t e n e d o r d e l o r d e n soc i a l n o fué t a n crédulo como l o s padres de l a n i n a E n su p r o f e s i ó n u n exceso de fe es c o m o u n a patente de necedad. A p r e t a d a p o r el policía, que supo i n t e r r o g a r l a con maña, l a señorita a c a b ó p o r c o n f e s a r l a v e r d a d T o d o aquello era u n a simulación. L a s j o y a s estaban en poder del émulo de V a l e n t i n o p a r a su v e n t a pues l a niña n o se r e s i g n a a no tener u n d i n e r i t o suyo para d i v e r t i r s e a s u s anchas. A h í c o n c l u y ó l a i n d a g a t o r i a d e l policía. Y el ángel, rotas v a las alas, reanudará, con l a f a l d a c o r t a v las m e d i a s de seda, sus i n t e r r u m p i d a s a v e n t u r a s D e estas niñas u l tramodernas se d i c e a h o r a que son m u y personales. A n t e s se la? designaba c o n u n a p a l a b r a parecida, m á s breve. MANUEL B U E N O P a r í s octubre, 1929. L a l a n c h a de J u a n i l l o e r a u n a p r o l o n g a ción de su persona, de t a l m a n e r a que no se sabía a punto fijo dónde empezaba u n a y concluía l a o t r a sólo que l a l a n c h a e r a l i m p i a blanca y p u l c r a c o m o u n pájaro d f l a m a r i s m a y J u a n i l l o en esto de l a l i m p i e z a n o e r a u n p á j a r o n i m u c h o menos. F u é J u a n i l l o popularísimo, y todo el m u n do lo m i r a b a c o n s i n g u l a r simpatía. L o s señoritos cazadores de los cotos de conejos, que tienen p o r límite e l río O d i e l como Puntales, Manzorrales, L a s H e r r u m bres, etc. buscaban a J u a n i l l o porque su l a n c h a e r a m u y v e l e r a y sobre todo, p o r que J u a n e r a único e i n s u b s t i t u i b l e y e l v i a j e p o r el r í o se pasaba admirablemente metiéndose c o n el b u e n h o m b r e el c u a l daba tres y r a y a a l o s m á s a t r e v i d o s en aquello de i n s u l t a r a todo b i c h o v i v i e n t e de l a t e r t u l i a l a n c h e r a s i n respetar j e r a r q u í a s n i p o siciones sociales, porque bastaba que u n señorito c a z a d o r h i c i e r a a l g u n a insinuación más o menos t a p a d a en descrédito de l a l a n c h a o de J u a n p a r a q u e éste le zahumase c o n todas las o r a c i o n e s de su g r a m á t i c a de barco de vela y c o n las exquisiteces de su d i c c i o n a r i o de los esteros. -J u a n i l l o E s t a v e l a está y a m á s v i e j a que l a esquina de l a calle P a l o s- -l e decía un c a z a d o r ¿V i e j a? ¡M á s v i e j a está l a pajolera m a d r e de q u i e n y o s é ¿D e quién? ¡V a m o s a v e! ¿L a madre de q u i é n ¿D e quién v a a se? ¡L a t u y a! ¡J u a n t ú eres u n d e s v e r g o n z a o! -D e s v e r g o n z a o tú y t u padre y t o a t u casta. T u a g ü e l a se l l a m a b a l a Deseará, tu pare e r a m á s fresco que u n a ventanía g a llega, y tú eres u n s i n v e r g ü e n z a m á s grande que u n v a p o r L o s cazadores achuchaban a l l a n c h e r o y cada u n o le decía su cosa inconveniente, y había q u i e n tapaba a J u a n los ojos p o r detrás, p r e g u n t á n d o l e ¿A que n o me conoces? Y q u i e n le o f r e c í a u n c i g a r r o y a l i r a c o g e r l o el g r a n O r t i z se lo escamoteaba. -J u a n cuenta cuándo fuiste a l a cárcel en Gibraleón. ¿Y o a l a caree... ¡T ú sí que debía d i! N o d i g o y o a l a cárcel, sino a p r e s i y o pa. toa tu v í a ¡M í a tú quién h a v e n í o a h a b l a el a b o g a í t o! Y a í decir esto movía c u a d r o dedos de l a m a n o derecha, c o m o si tocara rápidamente cuatro notas sucesivas del piano, a c o m p a ñ a do de u n gesto gráfico elocuente r e l a c i o n a d o E l i MAS COKCCKKIDOP E N S I Ó N D E S D E 38 P E S E T A S f DEL NATURAL Algarabía E r a el l a n c h e r o de O n u b a J u a n i l l o O r t i z u n t i p o perfecto del v i e j o m a r i n e r o de l a b a h í a onubense, a m o j a m a d o n e g r u c i o c o n u n ojo u n peco m á s c e r r a d o que el o t r o c o n ¡a boca entreabierta, en c u y o á n g u l o i z quierdo había perpetuamente pegada u n a col i l l a c o n u n a paVabra que, c u a n d o no e r a una interjección violenta, e r a u n insultó o u n despropósito, y con los diez dedos de las tíos manos, como diez g a r r o t e s que v o l e a b a n c u el a i r e a m e n a z a n d o a todo el m u n d o grotesco lenguaje de acción de las ideas del sujeto. T R A C T O R E S D E A C E I T E S PESADOS C HERRERA. flfÚNKTELLS c o n el séptimo M a n d a m i e n t o de l a ley de Dios. E n u n a de estas e x c u r s i o n e s i b a en l a l a n c h a de J u a n e n concepto de c o n v i d a d o a l a cacería, u n señor extremeño, ajeno a la reunión v e n a t o r i a e ignorante de l a c a s e de confianza y r e l a c i o n e s que el l a n c h e r o tenía c o n los p i c a r o s cazadores. P e r o o c u r r i ó q u e a u n o de los socios del coto, persona g r a v e y g r a n comerciante, que j a m á s d i e r a b r o m a s a J u a n p o r lo que este le distinguía y a p r e c i a b a s i n g u l a r m e n t e se le metió en el a l m a l a g u a s i t a de l a rcunió: y cuando J u a n estaba m á s t r a n q u i l o le dice inesperadamente: -J u a n S a b r á que y o creo que esta l a n c h a está p a r t i d a p o r el t r a n c a n i l L o s cazadores a p l a u d i e r o n y J u a n sobrecogido p o r l o inesperado, abrió los ojos y la boca, y m i r a n d o m u y fijo a su hombre, le d i c e ¿A h o r a v e n i m o a p a r a en que u s ú también es c o m o estos h i j o s de p e r r a ¡A q u i n o h a y m á s t r a n c a n i partió que el de su m u j é de usté, que es j o r o b a L a d e s v e r g ü e n z a tenía u n a g r a c i a a t r o z porque, efectivamente, l a mujer del c o m e r ciante tenía p a r t i d o e l t r a n c a n i l de l a espalda. E n t o n c e s e l señor c o n v i d a d o que no c o nocía aquellos d i m e s y diretes, se i n d i g n a por las palabrotas d e l m a r i n e r o a l c o m e r ciante amigo suyo, y a i r a d o se l a n z a c o n t r a J u a n diciéndole c a n a l l a deslenguado, i n fame, etc. L o s socios cazadores sujetan a l señor e x tremeño, p o r q u e éste quiere abofetear a J u a n y f o r c e j e a n c o n él de lo l i n d o J u a n se r a s c a rufianescamente él bolsillo, y d i c e ¡Q u e se a r r i m e paca ese a r m a en pena, y verá! E l abogaíto, que sujeta a l e n f u r e c i d o señor, le g r i t a a J u a n -J u a n no seas a n i m a y dale e x p l i c a c i o n e s a este señó, que es u n c o n v i d a o de E x t r e madura... -A u n q u e sea c o n v i d a o de P a r í de F r a n sia, no le doy y o coba a ese señó, porque a él n o le he d i c h o yo n a C o m o e l de E x t r e m a d u r a hace grandes esfuerzos p a r a lanzarse c o n t r a J u a n el abogado insiste truhanescamente c o n el lanchero gritándole: ¡J u a n s i n o haces lo que te digo, te l o suelto 1 O í r t e l o suelto el e x t r e m e ñ o y l a n z a r se como u n león contra el abogadito, fué obra de u n r e l á m p a g o ¿Q u é es eso de te l o suelto? ¿S o y y o f- lgún p e r r o señor mío? L e devuelvo el i n sulto y ademas le escupo a l a c a r a E m p i e z a entonces u n a d e s c o m u n a l a g a r r a d a entre e l extremeño y e l letrado. P o r fin los s e p a r a n pero todo el esfuerzo es p a r a contener a l p r i m e r o en c u y o trabajo se d i s t i n g u e a h o r a J u a n E l abogado se desquita de l a a c t i t u d de su a d v e r s a r i o largándole i m p r o p e r i o s ÍL granel. J u a n que h a cogido a l c o n v i d a d o c o n toda- su f u e r z a i g r i t a a l a b o g a d i t o -O y e tú, -cállate y no d i g a s disparates, porque, como sigas hablando, ¡t e l o suelto... (R i s a r e p r i m i d a pero general. A l señor de E x t r e m a d u r a le d i o de l a sof o q u i n a u n a media c o n g e s t i ó n A s i s t i d o c o n r e f r e s c o s vinos y e x p l i c a c i o n e s v o l v i ó l a c a l m a a l barco de v e l a y cuando iban l l e g a n d o a l coto, uan d i j o sentenciosamente ¡Señore, y o no he v i s t o en m i v í a u n a c a n a y a t a n g r a n d e como l a que v i e n e en esta lancha... 1 P e r o los cazadores no le hacían y a caso, porque cada uno buscaba su escopeta y acar i c i a b a sus perros p a r a saltar a l a t i e r r a deseada de l a cacería, M. SÍUEOX Barquillo. 18, Madrid.

Te puede interesar

Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta a disposición como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.