ABC SEVILLA 15-01-1930 página 38

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Perdóneme S u E x c e l e n c i a pero ¿q u é le i m p o r t a que vuestra señ o r í a p r e n d a aunque sea a l sursum corda? -P u e s a h í v e r é i s pero aquí debe haber gato e n c e r r a d o y j u r o a D i o s y a l a v a r a que llevo c o n h o n r a desde hace t r e i n t a años, que y o he de saber s i h a y gato y de q u é casta e s entretanto, estoy p r e s o en m i casa, de orden de l a señora doña A n a de A u s t r i a P r e s o vuestra s e ñ o r í a! ¿Y q u i e n a b a j o del R e y n u e s t r o señor o de l o s señores oidores de l a C n a n cillería de V a l l a d o l i d r e u n i d o s puede prender a todo u n alcalde de casa y c o r t e? -i Q u é queréis, señor R u y D á v a l o s así a n d a n l a s c o s a s! D o ñ a A n a de A u s t r i a no es i n f a n t a n i aunque ¡o í u e r a tendría jurisdicción sobre m í pero es s o b r i n a del R e y se la tiene p o r santa en l a corte, p o r q u e y o n o he d i c h o a l a corte que es u n a santa que anda m u y suelta, ni l o diré n u n c a y s i y o no obedeciera a lo que doña A n a me h a mandado en n o m b r e del R e y me lo tomaría el R e y a desacato, y puede ser que me h i c i e r a m a t a r a obscuras, c o m o a M o n t i g n i e n u n calabozo enlutado c o n bayetas n e g r a s s i n m á s testigos que u n alcalde, u n f r a i l e u n e s c r i b a n o y u n v e r d u g o y a u n así, sabe D i o s cómo saldremos. -P e r o y o no entiendo esto; s i n o se h a de hacer j u s t i c i a ¿p a r a q u é alcaldes? Y si n o alcaldes ¿p a r a qué j u s t i c i a? -A s í anda el m u n d o y a s i h a andado s i e m p r e p a r a los de abajo, l a v a r a de u n alcalde es de h i e r r o p a r a los de a r r i b a l a v a r a de u n alcalde se c o n v i e r t e en u n a caña p o d r i d a me v o y cansando, y j u r o a D i o s que en saliendo de esto, si tne dejan ia v a r a he de hacer dejación de elia, p a r a i r m e a m i s t i e r r e c i l l a s a v i v i r t r a n q u i l o P e r o entretanto, p o r p r i m e r a v e z de m i v i d a estoy preso, aunque soy un preso m u y e x t r a ñ o porque puedo prender a todo el que q u i e r a P o r lo tanto, señor R u y D á v a l o s y y a que prender podemos, poned preso e n su celda a l p r i o r de los a g u s t i n o s e n c e r r a d en el c o n v e n t o a todos l o s estudiantes que no estén y a en l a c á r c e l p a r a que, aunque presos, no p i e r d a n u n solo d í a de a u l a m a n d a d a l c o r r e g i d o r que n o salga de s u casa, y ponedle u n a l g u a c i l de g u a r d i a y a todo b i c h o v i viente que se encontrare c o n méritos p a r a ser ¿reso, metedle en l a cárcel. Q u e n o se p o n g a a n a d i e g r i l l o s n i esposas, n i a nadie se tome d e c l a r a c i ó n e x t e n d e d todos estos autos en f o r m a y traédmelos p a r a que l o s firme. -S o i s el alcalde m á s d i v e r t i d o del m u n d o- -d i j o A b e n- S h a r i a r que había escuchado todo esto s i n que le v i e r a R u y D á v a l o s apenas d o n R o d r i g o hubo e n t r a d o e n l a sala. D i v e r t i d o e h m o n s e ñ o r! -d i j o d o n R o d r i g o de S a n t i l l a n a que echaba fuego p o r l o s ojos. ¡P u e s n o! L l e v á i s v u e s t r a s e v e r i d a d hasta u n e x t r e m o que deleita. -E x t r á ñ a m e que d i g a eso u n senador del C o n sejo de l o s D i e z de l a tremenda R e p ú b l i c a de V e necia. -C u a n d o hace ocho años estuvisteis v o s allá, d o n R o d r i g o y t u v i m o s ocasión d e conocernos, creo que n o h a b é i s v i s t o n i u n ejemplo de l o que está sucediendo aquí. ¿Y q u é h a r í a i s v o s monseñor, s i os encontraseis e n e l caso en que m e v e o? -A n t e s de contestaros, v o y a s u p l i c a r o s que n o m e deis el t r a t a m i e n t o que podría c o n v e n i r m e en ÍVenecia. ¿C ó m o que podría? -S í d o n R o d r i g o y o a n d o alejado d e l C o n s e j o h e h e c h o dejación de m i c a r g o e l C o n s e j o h a decretado que y o s i g a siendo u n o de sus m i e m b r o s y y o que m e h e empeñado en n o serlo, hace y a a l g u n o s meses que, p o r no a s i s t i r y o a sus d e l i b e r a ciones, el C o n s e j o de l o s D i e z h a v e n i d o a ser el C o n s e j o de l o s N u e v e y c u a n d o he necesitado v e n i r a España a buscaros, l a licencia que como patricio d e V e n e c i a y no c o m o senador he pedido p a r a salir d e l t e r r i t o r i o veneciano, se m e h a concedido como senador, según habéis v i s t o en l a c a r t a que os l i e entregado, y que a ú n tenéis sobre l a m e s a ¿habéis leído b i e n esa c a r t a señor a l c a l d e?