Archivo ABC
ArchivoHemeroteca
ABC SEVILLA 30-04-1932 página 24
ABC SEVILLA 30-04-1932 página 24
Ir a detalle de periódico

ABC SEVILLA 30-04-1932 página 24

  • EdiciónABC, SEVILLA
  • Página24
Más información

Descripción

ABC. SÁBADO 30 D E A B R I L D E 193 a- E D I C I Ó N D E A N D A L U C Í A los P A G 4 sin p e l i g r o y s i n m a l d a d metiéndonos s i n meternos c o n todo el m u n d o y a que h a b l a r de todo el m u n d o n o e r a m á s que el desahogo y i a compensación de n u e s t r a i n c a p a c i d a d p a r a h a c e r l e daño a nadie. ¿D ó n de e s t a r á n? N o N o es a m o r de lo p i n t o r e s co, no es l i t e r a t u r a b a r a t a n i n o s t a l g i a de un M a d r i d- -g u a r d i a s aparte- -más pintoresco, pero también menos c i v i l i z a d o menos m o d e r n o y menos europeo. P e r o p a r a los a t r a cadores que no a t r a c a n p o r r o b a r n i c o n i n tención a g r e s i v a hace f a l t a u n g u a r d i a c a s i en cada esquina. P a r a l a s e ñ o r a que v a sola, usando de l a l i b e r t a d- de que y a g o z a l a m u j e r y a q u i e n suele quitársela el ten o r i o elegante e imbécil, e n c e r r a d o r de bellezas y c o l e c c i o n a d o r de d i r e c c i o n e s que 110 le s i r v e n p a r a n a d a P a r a l a c h i c a del t a l l e r a q u i e n persigue e l c a s t i g a d o r c a l l e j e r o lanzándole el a l i e n t o en el cogote- -c u a n d o no se p r o p a s a n también las m a n o s- -y e n v o l v i é n d o l a en l a t u f a r a d a p r o c a z del p i r o p o g r o s e r o que l a enciende en r u bor desde l a r a í z de los a b u e l o s a l somo de l a c o r o n i l l a y desde el n á c a r de l a f r e n te a l alabastro del mentón. D e m í s é d e c i r que e s c r i b o estas líneas preso en m i casa por l a afonía que c o g í ayer a f u e r z a de d a r l e e x p l i c a c i o n e s reiteradas y humildísimas a u n señorito a u t o m o v i l i s t a que nos h a bía s a l i d o a c o n t r a m a n o y a q u i e n el c h ó f e r de n u e s t r o coche- llamó c o n sobradísima r a z ó n a n i m a l E l h o m b r e nos s i g u i ó c o n á n i m o de a r m a r p e n d e n c i a y en plena C a s tellana, a las once d e l a n o c h e- -p o r q u e n o s o t r o s é r a m o s tres y él estaba solo y nos daba v e r g ü e n z a y r e p a r o m a j a r l e- y o a g o t é l a d i a l e c t a p e r s u a s i v a b u s c a n d o en v a n o c o n ojos desolados u n g u a r d i a p a c i f i c a d o r y j u s t i c i e r o D e h a b e r l o h a l l a d o ¿n o tendría y o a h o r a c l a r a y v i b r a n t e m i h e r m o s a voz de barítono? ¿Q u é r a z ó n h a b í a p a r a que y o no p u d i e r a c a n t a r esta m a ñ a n a e n el b a ñ o c o m o todas las demás m a ñ a n a s de mi vida? N o no son g a n a s de c r i t i c a r y o no cens u r o indico, pido, reclamo sin animosidad; es precisión de m i m i e d o y a n s i a l e g í t i m a de m i c o m o d i d a d c i u d a d a n o l i b r e de u n a R e p ú b l i c a l i b r e en l a que tenemos d e r e c h o a ser felices, y o n o q u i e r o que me moleste el b o r r a c h o en el m e j o r de l o s casos i m p o r t u n o y pesado de p u r o cariñoso y c o n v i d a d o r y menos el s a b l i s t a de poco o l f a t o que v i e n e a dar sablazos a l a i r e ¿A quién p e d i r l e socorro? E n u n saínete de m i l l o r a do a m i g o E n r i q u e G a r c í a A l v a r e z que ocurría n a d a menos que en l a a n t i g u a R o m a en que los M u s s o l i n i de entonces i n c e n d i a b a n las ciudades p o r el g u s t o de v e r l a s a r der y c o r r í a n c u a d r i g a s e n el circo, un t r a n s e ú n t e s i n i m p o r t a n c i a viéndose a s a l t a d o e n l a calle, c l a m a b a c o n toda l a f u e r za de sus p u l m o n e s ¡A mí los procónsul e s! P u e s b i e n s i d e n o c h e en u n a calle no m u y a p a r t a d a pero desde l u e g o s i n g u a r dias, me asalta u n acreedor que n o pudo cncontrarme de día, e s g r i m i e n d o u n a f a c t u r a como q u i e n e s g r i m e u n t r a b u c o y o l a n z a r é el g r i t o del saladísimo personaje del sainetero i n o l v i d a b l e ¡A mí l o s p r o c ó n s u les! O ¡A mí l o s secretarios de E m b a jada! que da l o m i s m o ¡Y t o d a v í a d i r á n que me he vuelto l o c o! 1 N q habrá faltado comentarista superficial del t i p o de t r i b u n o de mesa de c a f é q u e a buen seguro diría, c o i n c i d i e n d o c o n F e r- n a n d o V I I i B a h cosas de m u j e r e s! a l ver unas v i t r i n a s b i e n s u r t i d a s de p o r c e l a n a s d e l i c i o s a s de f o r m a s t a n v a r i a s que v a n desde l a modesta c a t e g o r í a de plato de v a j i l l a h a s t a l a r i c a y d e l i c a d a p i e z a de fina escultura. H a c e m u c h o s años que en E s p a ñ a se c u l tiva u n trascendentalismo retórico, sonoro y v a c í o o r i e n t a c i ó n decadentista, m á s o menos coincid. ente con el concepto que e n cierra la palabra bizantinismo E n estos últimos t i e m p o s el m a l se a g u dizó. L o s problemas h i s p a n o s se p l a n t e a n en g r a n d e s conjuntos, y e n v e z de a c u d i r a detalles de l a r e a l i d a d se alude, n o sólo a lo n a c i o n a l a l o europeo, a l o m u n d i a l hay. quienes j u z g a n l a t o t a l i d a d del m u n d o c o s a pequeña y a l u d e n a l o c ó s m i c o B i e n está el sistema c o m o especulación filosófico- literaria, pero E s p a ñ a desde hace m u c h o s años, necesita v i v i r de realidades, y l a r e a l i d a d auténtica, l a t r á g i c a r e a l i d a d española, es p r o b l e m a de detalle, de s u m a de detalles, de s a l u d y b u e n f u n c i o n a m i e n t o de l a célula. A s í c o m o biológicamente l a e n f e r m e d a d de l a célula, extendiéndose a otras, a l c a n z a m á s o m e n o s rápidamente p r o p o r c i o n e s de c a t á s t r o f e así l a a c t u a l depresión e c o n ó m i c a española es c á n c e r c u y a elabor a c i ó n v i e n e de años. P o c o i m p o r t e que el E s t a d o desde el cent r o de l a n a c i ó n d i c t e a l g u n a que o t r a v e z leyes orientadas en el sentido de a n a l i z a r c r e a r y p r o t e g e r l o s v a l o r e s de detalle, s i no c u e n t a en cada p r o v i n c i a y en c a d a pueblo c o n gentes que c o m p r e n d a n el a l c a n c e de l o m e n u d o b i e n o r g a n i z a d o R e c o r d e m o s a este propósito l a u d a b l e s disposiciones. C i t e m o s u n a l a F i e s t a del Á r b o l d e s t i n a d a a c o o p e r a r a l a repoblación f o r e s t a l de este g r a n p á r a m o c u y a c o n t e m plación llevó a l sagaz conde de K e y s e r l i n g a definir l a z o n a c e n t r a l española c o m o z o n a desértica y a su l a b r i e g o c o m o auténtico beduino. L a F i e s t a del Árbol tuvo lugar, cumplióse l a o r d e n a l a l e t r a pero en m u chos s i t i o s a Ja. l e t r a que m a t a c o n t r a r i a mente a l espíritu que v i v i f i c a E n u n pueblo que y o c o n o z c o l a F i e s t a del Á r b o l c e l e b r ó se ¡e n p l e n a p r i m a v e r a! P e r o se cumplió l a j e y y se s a l v ó l a j u r i d i c i d a d C l a r o está que l a N a t u r a l e z a l a rebelde N a t u r a l e z a n e g ó s e a a l t e r a r sus leyes y n o p r e s t ó s u s a v i a a unos a r b o l i l l o s q u e a l o s pocos días del s i m u l a c r o dé repoblación f o r e s t a l c i u d a dana q u e d a r o n c o n v e r t i d o s e n modestas estacas. M i e n t -a s! i c u l t u r a del detalle sea e n E s p a ñ a c o s a desdeñada, a g r a n c u l t u r a- -s u m a análisis y e x p e r i e n c i a de c u l t u r a s m e n u d a s- -n o será o t r a c o s a que u n p r o d u c t o m á s o menos s o n o r o p a r a d e s l u m h r a r a l s e m i c u l t o al d i s t i n g u i d o papanatas, t e o r i z a n t e epidérm i c o que r e s b a l a r á a u d a z m e n t e sobre todas las superficies españolas s i n d e j a r el m á s leve s u r c o fecundo. L a l l a m a d a g r a n c u l t u r a española carece en s u m a y o r p a r t e de a l g o t a n e s e n c i a l c o m o es el f r a n c i s c a n i s m o D e c i r f r a n c i s c a n i s m o es d e c i r a u s e n c i a de pedantería, de n a r c i s i s mo, de v a n i d a d m o n s t r u o s a m e n t e h i n c h a d a F r a n c i s c a n i s m o vale tanto c o m o a f á n a u téntico de c o n o c i m i e n t o c o m o noble auster i d a d c o m o p r o b i d a d científica, c o m o p u r o deseo de c o n o c e r l a v e r d a d E l h o m b r e que siente y p r a c t i c a el f r a n c i s c a n i s m o c o m i e n za p o r s i t u a r s e e n a c t i t u d de e s c u c h a r a todos, c o n s i d e r a n d o que l a v e r d a d nace en t e r r e n o s m á s opuestos e insospechados. E l m u n d o en s u aspecto a c t u a l c o n el p r e d o m i n i o de l o e c o n ó m i c o o b l i g a a loa que en él. v i v i m o s- -E s t a d o s é i n d i v i d u o s- -a dar a l a v i d a u n s e n t i d o de r e a l i d a d f e c u n d a a l m a r g e n de teorías i n g e n i o s a s y de a c r o b a t i s m o s d e s l u m b r a n t e s! Y l a r e a l i d a d se ha Ha f o r m a d a casi s i e m p r e p o r u n a c o m p l i c a da serie de p r o b l e m a s m e n u d o s secamente concretos, a r i s c a m e n t e rebeldes a todo i n tento de solución s u p e r f i c i a l L a pequenez de u n p r o b l e m a no i m p i d e que c o b r e g r a n d e s a r r o l l o h a s t a c o n v e r t i r s e en vitalísimo problema nacional. Citemos, c o m o e j e m p l o e x p r e s i v o e l de la p a t a L u i s X V en F r a n c i a E n los días d e l m o n a r c a a l u d i d o e l a r t e b a r r o c o f r a n c é s e v o l u c i o n ó en el sentido de dar nacimiento a una f o r m a dé pata de s i l l a s y mesas q u e c a r a c t e r i z a e l l l a m a d o est i l o L u i s X V b i e n c o n o c i d o de todos para, que necesite ser e x p l i c a d o E s t e h e c h o m e n u d o en- sus c o m i e n z o s f r i v o l o si se q u i e r e g a n ó m o n s t r u o s o desa r r o l l o t a n m o n s t r u o s o que desde s u o r i g e n a ú n no h a cesado de d a r a F r a n c i a m i l l o n e s abundantes. D e s d e los t a l l e r e s cortesanos del P a r í s dé los luises el c u l t i v o de l a pata L u i s X V se e x t e n d i ó a los t a l l e r e s d e p a r t a m e n t a l e s i n v a d i e n d o l o s m á s modestos talleres pueb l e r i n o s Y l o q u e en u n p r i n c i p i o fué p r o ducto cultivado y consumido en F r a n c i a e x t e n d i ó s e c o m o e p i d e m i a al resto del m u n do, que gustosamente c o n v i r t i ó s e e n t r i b u t a r i o del a r t e f r a n c é s E n un orden m á s limitado, la Fábrica N a c i o n a l de S é v r e s c r e a n d o u n t i p o de e x celente c e r á m i c a r e a l i z ó c o n j u n t a m e n t e un m a g n o p r o g r a m a a r t í s t i c o- e c o n ó m i c o de gran envergadura. La M a n u f a c t u r a N a c i o n a l de S é v r e s c r e a d a p o r l a M o n a r q u í a alentada y desarrollada por la República (una organiza- c i ó n m a n u f a c t u r e r a no es u n a o r g a n i z a c i ó n p o l í t i c a) es u n g r a n c e n t r o producto y u n a eficaz escuela de l a que se n u t r e n cientos de f á b r i c a s francesas de c e r á m i c a destinadas a m a n t e n e r alto el n i v e l de las i n d u s t r i a s d e c o r a t i v a s de F r a n c i a a satisf a c e r las necesidades n a c i o n a l e s e v i t a n d o la i n v e r s i ó n de d i n e r o en el e x t r a n j e r o y a l l e v a r el p r e s t i g i o i n d u s t r i a l y artístico f r a n cés a las r e g i o n e s m á s a p a r t a d a s d e l m u n d o a t r a y e n d o h a c i a F r a n c i a u n r í o de o r o E l ú n i c o país de E u r o p a que n o c u e n t a c o n u n a m a n u f a c t u r a n a c i o n a l de c e r á m i ca es E s p a ñ a E n e l s i g l o X V I I I y a u n en los p r i m e r o s a ñ o s d e l x i x l a l l a m a d a R e a l F á b r i c a del B u e n R e t i r o m a n t e n í a m u y alta e! pabellón español. D e s t r u i d a d u r a n t e l a g u e r r a de l a I n d e p e n d e n c i a l u c i é r o n s e dos intentos de r e n a c i m i e n t o de i n d u s t r i a tai) ¡fina y l u c r a t i v a E n estos días de n u e v a r e t ó r i c a de c u l t i v o del t r a s c e n d e n t a l i s m o nadie p i e n s a en tales cosas. C a r e c e m o s de u n a p a t a L u i s X V que p r o d u z c a h o n r a y p r o v e c h o y si v a r i o s aspectos d e l a r t e español a n t i g u o h a n m e r e c i d o y c o n t i n ú a n m e r e c i e n d o l a a t e n c i ó n c a l u r o s a de N o r t e a m é r i c a (muebles, h i e r r o s a z u l e j e r í a c u e ros, v i d r i o s etc. l a f a l t a de o r g a n i z a c i ó n c o m e r c i a l de p r o p a g a n d a y de atención d e l E s t a d o hace que m i l l o n e s de d ó l a r e s h a y a n ingresado en F r a n c i a (azulejería argelina s e u d o e s p a ñ o l a) e n A l e m a n i a (muebles de t i p o español) y e n I t a l i a (cueros, vidrios h i e r r o s etc. de t i p o e s p a ñ o l) s i n que aquí nos demos p o r e n t e r a d o s ¡B a h! -s e c o n tinuará diciendo, como F e r n a n d o V I I- ¡C o s a s de m u j e r e s L a s a l a del M u s e o M u n i c i p a l d e d i c a d a a l a e x h i b i c i ó n de p o r c e l a n a s de l a e x t i n g u i da F á b r i c a del B u e n R e t i r o o- es c o s a f r i v o l a es r e l i q u i a que a v e r g ü e n z a u n poco, a los que nos d a m o s c u e n t a de l a t r a s c e n d e n c i a de los p r o b l e m a s- -a p a r e n t e m e n t e per queños- -artístico- industriales. FELIPE SASSONE LA PATA LUIS XV L a i n a u g u r a c i ó n de l a magnífica s a l a de Porcelanas de la antigua Fábrica del Buen Retiro, en el M u s e o M u n i c i p a l s u g i e r e m ú l tiples consideraciones e n r e l a c i ó n c o n e l act u a l m o m e n t o m o m e n t o h i s t ó r i c o qtíe a r r a n c a del s i g l o x i x L a s gentes, estas buenas gentes españolas que, o no se enteran de n a d a o c u l t i v a n u n a scudofilosofía t r a s c e n d e n t a l i s t a n o p a r e c e n m o s t r a r- e l m á s leve interés p o r l o que euta sala representa y p o r l o que es grj r e a l i d a d S g siiÉt se criará megor múm c ra MALTAI! i! A é m o. MÉNDEZ CASÁIá

Te puede interesar

Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta a disposición como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.