Archivo ABC
ArchivoHemeroteca
ABC SEVILLA 26-07-1969 página 3
ABC SEVILLA 26-07-1969 página 3
Ir a detalle de periódico

ABC SEVILLA 26-07-1969 página 3

  • EdiciónABC, SEVILLA
  • Página3
Más información

Descripción

DIARIO TRADO ILUSD E IN- F O R M A C I ON G E íf E RAí Redacción y Administración: Calle Cardenal liundain número 9. -Sevilla, 2 de julio de 1969. Número 20.557. 6 A palabra c o n c i e n cia tiene dos s e n t i d o s c o m pletamente distintos e l u n o p s i c o l ó g i c o e l otro, m o r a l P s i c o l ó g i c a m e n t e tener conciencia s i g n i fica darse cuenta de algo. M o r a l m e n t e proponerse hacer algo y j u z g a r de l o hec h o c o m o bueno o c o m o malo. C u a n d o e l l o se hace premeditadamente se dice que se hace u n e x a m e n de c o n c i e n c i a P e r o ello i m p l i c a delicados problemas que v a m o s a reflejar en este a r t í c u l o A n t e t o d o se entiende el e x a m e n de c o n c i e n c i a p o r e l de la c o n c i e n c i a propia, n o de la ajena. E s t e e x a m e n puede referirse a u n acto p o r hacer o a u n a c t o y a hecho. C u a n d o i n q u i r i m o s q u é hemos de ha er, n o s g u i a m o s de j u i c i o s de v a l o r sobre l o s objetivos que se n o s proponen, y sobre l o s actos a realizar hacia ellos. A n t e todo, l o s objetos y actos se nos- muestran c o m o placenteros o dolorosos, agradables o desagradables, a menos que n o s sean indiferentes. P e r o a d e m á s n o s aparecen m a t i z a d o s de m o r a l i d a d o sea, c ó m o o b l i g a t o r i o s o prohibidos, o s i m plemente permitidos. L a r a z ó n de ello se h a l l a en s u d i g n i d a d o b j e t i v a hay o b j e t o s y actos d i g n o s de l a c o n d i c i ó n r a c i o n a l del h o m b r e y otros i n d i g n o s de lia. Y este j u i c i o de deber n o siempre coincide c o n e l de p l a c e r a s i l a e m b r i a guez es agradable p e r o i n d i g n a d e l h o m b r e p o r q u e l e degrada de s u c o n d i c i ó n de tal. É l c o n f l i c t o entre e l deber y e l placer se l l a m a t e n t a c i ó n t e n t a c i ó n de faltar a l deber p o r e l atractivo d e l placer. E n e l o r d e n j u r í d i c o el c o n f l i c t o se d a entre el bien p r o p i o y e l b i e n a j e n o e l e g o í s m o n o s tienta a preferir a q u é l a é s t e E l e x a m e n de c o n c i e n c i a n o s hace c o n s i d e r a r t o d o esto, y trazarnos u n a línea de c o n d u c t a i m p e r a t i v a d e l deber, pero sed u c i d o s p o r el placer c o n é l i n c o m p a t i b l e o r e t r a í d o s p o r e l d o l o r de é l inseparable. E l caer e n l a t e n t a c i ó n n o es s i n o dejarse l l e v a r de estos apetitos renunciando a l deb e r E l c u m p l i r e l deber es adoptarlo, pese a l placer o a l d o l o r E l e x a m e n de c o n c i e n c i a puede t a m b i é n proponerse l a o r d e n a c i ó n j e r á r q u i c a de bienes i n c o m p a tibles o l a de m a l e s inevitables entre sí- en r a z ó n de s u m a y o r o m e n o r d i g n i d a d tos conflictos entre ellos s o n frecuentes en l a v i d a y el j u z g a r l o s es p r o p i o de la v i r t u d de l a prudencia. L a fortaleza y la t e m p l a n z a se a ñ a d e n a ella para asegurar e l t r i u n f o d e l deber sobre el placer y e l d o l o r i n m o r a l e s la t e m p l a n z a es la m o d e r a d o r a d e l apetito d e l p l a c e r y l a fortaleza, de l a a v e r s i ó n a l d o l o r L a libertad es la l l a m a d a a decidir e n tre esos antagonismos, y lo hace e n l a r e s o l u c i ó n tras la d e l i b e r a c i ó n de los m o t i v o s inducentes a ella. E n ella se c o n sideran n o s ó l o l a b o n d a d o maldad, de los objetos propuestos, sino t a m b i é n l a s e g u r i d a d m a y o r o m e n o r de obtenerlos, t a m b i é n a m e n u d o en contraste c o n a q u é l l a D e todo ello n o s hacemos cargo- en el examen de c o n c i e n c i a P e r o una vez adoptada la r e s o l u c i ó n y a u n c u m p l i m e n t a d a e l examen de c o n ciencia vuelve a preguntarse: ¿h e hecho bien o he h e c h o n i a l? M u c h a s veces este segundo e x a m e n de conciencia ratifica nuestra conducta d á n d o l a p o r acertada y 4 IB DIARIO TRADO ILUSDE I N- F O R M A C I ON GENERAL Teléfono 2 1 8 (seis líneas) -Télex 72 ÍM 0. -Apartado número 49. 397 Suscripciones y anuncios: Yelázquez, 12. -Teléfono 223524. ¿Q u é decir del juicio que formamos sobre la c o n d u c t a se guida p o r o t r o? L o n a t u r a l es enjuiciarla conforme a l p r o p i o criterio sentimental, m o r a l y i u r í d i c o que n o coincide c o n el d e l j u z g a d o N o o l v i d e m o s que l a m o r a l i d a d de u n acto no depende de s u real y objetiva o b l i gatoriedad, sino d e l j u i c i o e q u i v o c a d o o n o que sobre ella se tenga, y qile acaso no lleguemos n i a comprender. E l juez condena a u n procesado c o m o delincuente, y l o es c o n f o r m e a las leyes de s u p a í s pero ¿o u é pensar de s u culpabiti dad e n el fuero interno- de s u c o n c i e n c i a? ¿N o c o n t r a s t a r á muchas veces c o n l a estimada p o r e l j u e z? L o inverso, o sea, l o d e l examen de conciencia hecho p o r otros de m í se presta t a m b i é n a c r i t i c a L e v y B r u h l el escritor f r a n c é s que h a pretendido sustit u i r l a m o r a l p o r u n a ciencia de las eos- tumbres trata de desvirtuar el v a l o r de las n o r m a s morales poniendo de relieve el contraste de los moralistas entre los principios- -en los que se ponen f á c i l m e n te de acuerdo- -y las aplicaciones c a s u í s ticas en las aue discrepan notablemente, y es aue en los casos particulares interfieren p r i n c i p i o s h e t e r o g é n e o s c u y a resultante se presta a diversidad de juicios. P o r eso n o nos sentimos equitativamente juzgados cuando lo somos p o r personas q u e n o se d a n cuenta de l a complej i d a d de nuestro caso. T a m p o c o se hacen cargo de nuestra sentimentalidad temperamental v de nuestra c r i t i r i o l o g í a personal, p o r ventura bien ajena a l a de ellos, p o r donde sus- juicios aprobatorios o condenatorios dejan m u c h o que desear. S i n embargo, e s e ñ a l a n t a m b i é n p o r s u i m p a r c i a l i d a d superior a l a de i i j u i c i o s sobre s í m i s m o p o r donde los c o n sejos y juicios ajenos resultan m u y estimables y es de recomendar su c o n s u l ta, s o b r e p o n i é n d o s e a l a parcialidad que hace desmerecer los propios. E s c u r i o s o que en el E v a n g e l i o e n el que a nadie se disuade d e l e x a m e n de la c o n c i e n c i a p r o p i a se pone e n g u a r d i a acerca d s la ajena, diciendo J e s ú s terminantemente: N o juzguéis y no seréis j u z g a d o s c o n l a medida c o n que midiereis s e r é i s medidos. ¿C ó m o adviertes la paja e n el o j o ajeno y n o ves l a v i g a e n el t u y o? E n general, l a Sagrada E s c r i t u r a se declara c o m o ú n i c o juez a D i o s porque es el ú n i c o e s c u d r i ñ a d o r de las e n t r a ñ a s y de los corazones. P o r a h í ss entiende toda la i n t e n c i o n a l i d a d h u m a n a la consciente y l a subsconscisnte, c o n sus miserias v sus elevaciones y s u i n e x tricable complejidad. S i nos d i é r a m o s cuenta ds ello nuestros i u i c i o s serian m u y distintos de los que f o r m a m o s h a b i t u a í mente. L a conciencia m o r a l h a r á bien e n servirse en sus e x á m e n e s de la c o n ciencia p s i c o l ó g i c a para penetrar e n sus profundidades, ye respecto de sí m i s m o y a de los d e m á s p r e v i o u n j u i c i o objetivamente formado de los a u t é n t i c o s v %lo res morales o o r realizar, c o n s u c o m plejidad real y su o r d e n a c i ó n j e r á r q u i c a L o s males de ello resultantes n o nos ser á n moralmente inimitables, pero sí los bienes intentados y logrados. E X A M E N DE C O N C I E N C I A s i n t i é n d o n o s satisfechos de ella (l a satisf a c c i ó n d e l deber c u m p l i d o) P e r o otras veces n o s acecha e l r e m o r d i m i e n t o p o r e l l a n o s i n c l i n a m o s a creer que hemos a c t u a d o indebidamente, o sea, faltando a nuestros deberes, y n o s sentimos arrepentidos de ello. E l arrepentimiento es u n a r e c t i f i c a c i ó n t a r d í a de lo hecho, e i m p l i c a la r e s o l u c i ó n de n o v o l v e r a h a cerlo. ¿C ó m o se entiende eso? E n rigor. el q u e se arrepiente n o se retrotrae a l estado de á n i m o q u e i n s p i r ó s u resoluc i ó n sino lamenta la m o t i v a c i ó n e a u i vocada que d e t e r m i n ó e n ella e l predot r i n i o d e l placer sobre el deber. A c t u a l mente s u apetito de a q u e l placer se s i e n te relajado y exaltada la c o n c i e n c i a d e l deber al que h a faltado. E n este c a m b i a de juicios de v a l o r ¿e s t r i b a t o d a l a psicología d e l pecado y d e l delito? P r o b l e m a de difícil s o l u c i ó n e n é l r a d i c a e l e n i g m a de la libertad y la calificación de los pecados de. flaqueza y de m a l i c i a E l hecho es. que la r e c t i f i c a c i ó n de conducta existe, postulada p o r e l e x a m e n de c o n ciencia consiguiente al a c t o realizado. Cabe, s i n embargo, l a reincidencia e n e l m a l seguida p o r v e n t u r a de u n a rectific a c i ó n ulterior, a menos q u e se d é e n la c o n d i c i ó n de! pecador empedernido. ¡Q u é vicisitudes e n e l drama de la h u m a n a existencia, de la de cada u n o de nosotros p o r sí y para s í! N o s sentimos respon- sables de nuestra conducta, pero ¡c u á n tas ilusiones se esconden bajo esta p a labra y concepto, p o r o t r a parte t a n fund a m e n t a l jen l a v i d a! Y a h o r a viene l a segunda m o d a l i d a d del e x a m e n de c o n c i e n c i a l a d e u n a persona p o r otra, l a de m i p o r los dem á s l a de l o s d e m á s entre s i y l a de l o s d e m á s p o r m í u n o y o t r o pueden referirse a l a n o r m a de c o n d u c t a p o r adoptar, o a l enjuiciamiento de l a y a adoptada. U n o y o t r o nos tientan i n v e n c i blemente, pero ¿c o n q u é g a r a n t í a s de acierto? N a d a m á s familiar a t o d o s que d a r consejos a los d e m á s e s p o n t á n e a m e n t e o a p e t i c i ó n p r o p i a S i y o estuviera e n su lugar- -solemos d e c i r- -h a r í a esto o l o o t r o F e r o ¿c ó m o ponerse e n el l u g a r de o t r o? E l l o es hasta cierto p u n t o posible t r a t á n d o s e de personas de a n á l o g a p o s i c i ó n social, n i v e l de c u l t u r a profesión, c l a s e situación económica. Pero ¿q u é decir si aconsejado p a r t i c i p a de una m e n t a l i d a d radicalmente distinta en doctrinas, intereses, f u n c i ó n social, acept i v i d a d v bienestar? M i consejo corre el riesgo de ser fallido. E l ambiente físico, y sobre todo el social, a que cada u n o de nosotros pertenece, i m p r e g n a t a n p r o fundamente la personalidad que. las o p i niones, aficiones, asoiraciones de u n o res u l t a n casi incomprensibles para las personas de o t r o ambiente. N u e s t r o temperamento sentimental es distinto, nuestros juicios de v a l o r m o r a l y j u r í d i c o p r o f u n damente diferentes, v lo que es valioso y hasta a b l i g a t o r i o s a r a u n o n o l o es para o t r o E n estas c o n d i c i o n e s e l c o n sejo dado c o n l a mejor fe d e l m u n d o se halla expuesto a caer en el vacro. J u a n ZARAGÜETA

Te puede interesar

Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta a disposición como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.